26/02/2007

Prática Pedagógica

28 de Fevereiro de 1996
Quarta-feira


Na altura das Práticas Pedagógicas (dar aulas enquanto somos avaliados) ninguém bate bem, acho que nem nós enquanto alunos nem os nossos professores que nos avaliam, dada a sobrecarga de trabalho. Nós demos aulas e tivemos aulas o que não acontecia com outros cursos via-ensino noutras universidades…
***
A caminho de casa “discuti” coma dona da papelaria por ainda não terem chegado os fascículos da colecção «Minerais» que me faltam.
Parou um carro ao pé de mim para me perguntarem: “Isto é Beja, não é?”
Não respondi.
Seguiram-se uma série de buzinadelas dos carros que estavam atrás do primeiro.
Mais à frente há outro carro que abranda. O condutor disse qualquer coisa do género: “Eh, carapau!”
Isto está a correr muito bem.
Há outro dos três professores que ainda não pegou nos nossos exames…
Tive 17 valores a Informática, mas o professor ainda não (esqueceu-se) avaliou o segundo trabalho – além de estúpido é anormal!…
É impossível manter uma conversa racional com alguém da minha turma. Encontrei o Pedro num corredor da escola que me disse:
“Vou dar os transportes, tenho que utilizar os corantes, não é?”
(????)
“O quê?” – perguntei.
(repetiu)
Depois de me sintonizar, adivinhei que ele estava a falar nos transportes desde a raiz até ás pétalas das flores (seiva bruta), e que era necessário usar corantes para provar isso.
“Sim, sim” – disse eu.
Virei-me para ver se avistava um professor (qualquer um, tal era o desespero), e quando me voltei para lhe fazer uma pergunta…o Pedro tinha desaparecido!
Voltei a encontrá-lo uns minutos mais tarde:
“Quanto é que custa um cravo? Preciso de cravos, cravos brancos.”
(????)
“Não sei, mas sei que as rosas não são muito caras…”
Trinta minutos mais tarde, encontrei-o à entrada da escola com uns cinco cravos brancos…
Foi então que se fez luz… Entre a minha preocupação em encontrar a professora A., a professora T., a professora M. e o compreender o que o Pedro queria, “descobri”:
“Ah! Os cravos são para a experiência não é? Vais colorir as pétalas do cravo mergulhando o caule num copo com água corada?”
“Claro! Pensavas que eram para ti? Quer dizer, podiam ser, mas…”
“Não…” – respondi, mas ninguém estava a ouvir, já estavam todos sintonizados noutra estação qualquer, e já tinham o radar a trabalhar para encontrar professores.
Fiquei a saber que os nossos professores têm horários sobrepostos. Por exemplo: Assistir à aula do aluno x e do aluno Y, à mesma hora e em escolas diferentes. Um destes alunos não vai ser avaliado, normalmente, aquele cuja escola em que está a leccionar fica mais longe… Que raiva! Que falta de organização…
Já tenho o nome de três ou quatro professores, eu odeio este tipo de coisas, mas só se safa quem pode… e pode ser que não seja necessário chateá-los em casa…
***
Felizmente nunca foi preciso telefonar para casa de nenhum como fizeram montes de colegas.
Acho que apesar do desespero, o professor tem que ter o seu espaço e não ser chateado fora do horário lectivo...
Houve tanta gente que se aproveitou disso para dar graxa...

5 comentários:

Co(S)mic Gal disse...

Fiz batota e inda n li! queria mesmo deixar-te o beijo e explicarte que n tou ausente...tou ocupada! Sorry. qd voltar leio tudinhoooo
Bjokax

mimika disse...

Bem...aconteceu-te cada uma! Os colegas um pouco tontos, os professores marcam aulas para avaliar sobrepostas! É preciso uma grande dose de paciência!


Bj

Unknown disse...

A tua vida é definitivamente uma Aventura!!!

Mts bjks

Gio disse...

Ola.... ja li mas hoje não tenho nada de especial para comentar, ficam os beijinhos.

Maya disse...

Bem que confusão!! Houve alguma coisa que te correu bem? Para além do namorado, claro!