Continuo a visitar-vos mas sem vontade comentar e postar...
vim deixar beijinhos e miminhos a todos.
Boas férias se for caso para tal.
Fénix, uma ave da mitologia grega, ilustra bem a capacidade de reconstrução do ser humano. Contam que era um grande pássaro, semelhante a uma águia. Alimentava-se com incenso e raízes perfumadas. Vivia 500 anos e, antes de morrer construía o seu ninho em forma de pira, com canela, nardo e mirra. Deitava-se nesse ninho perfumado e exalava seu último suspiro. Queimado pelo sol, o seu corpo transformava-se em cinzas, de onde germinava uma nova ave para viver mais 500 anos…
- Mãe, então tu dizes que gostas tanto de mim, teu filho adoptivo, como do meu irmão, que é teu filho biológico!
- Claro que sim. Quando estava á espera do teu irmão sentia-me muito feliz, porque ia ter um filho; não porque a minha barriga estava a crescer.
– Mãe, grávida no coração? O coração não tem filhos!
- Ah! Então é mais importante o coração de uma Mãe do que a barriga!
– Pai, mas eu não sou parecido contigo!
– Pai, e os genes?
- Mãe, e a minha história?A tua história és tu quem a vai fazer. A tua história somos nós, tu, eu e o teu pai, os teus irmãos, avós, primos, tios, todos os que estão aqui ao teu lado, orgulhosos, a ver-te a crescer lindo e feliz.
- Porque queria ser mãe!
(Grávida no Coração; Paula Pinto da Silva; Editora Campo das Letras; Colecção Palmo e Meio)
Se alguém conhecer este número diga por favor: «quadragésimo trigésimo»
«Entre ontem à noite e esta manhã existiu um planeta que era muito parecido com a Terra.
Os seus habitantes distinguiam-se dos terrestres por terem somente um olho.
Era, na verdade, um olho maravilhoso com o qual se podia ver no escuro, e a muitos quilómetros de distância, e através das paredes...
Com aquele olho podiam ver-se os astros como através de um telescópio...
Todavia naquele planeta, as mães tinham os filhos tal como as mães da Terra têm os seus.
Um dia, nasceu um menino com um defeito físico muito estranho: tinha dois olhos.
Os pais ficaram muito tristes.
Não tardou muito a ficarem contentes; afinal era um menino muito alegre..., além disso, parecia-lhes bonito...
Estavam cada vez mais contentes com ele e tratavam-no muito bem.
Levaram-no a muitos médicos...mas o seu caso era incurável. Os médicos não sabiam que fazer.
O menino foi crescendo e os seus problemas eram cada vez maiores: à noite tinha necessidade de luz para não tropeçar na escuridão...
Pouco a pouco, o menino que tinha dois olhos ia-se atrasando nos estudos; os professores dedicavam-lhe uma atenção muito especial...
Precisava de atenção constantemente.
Aquele menino pensava já que não is prestar para nada quando fosse maior...
Até que um dia descobriu que via qualquer coisa que os outros não podiam ver... Então, foi contar aos pais como ele próprio via as coisas... Os pais ficaram maravilhados...
Na escola, as suas histórias encantavam os companheiros. Todos queriam ouvir o que ele dizia sobre as cores das coisas. Era emocionante escutar o menino dos dois olhos.
E, passado algum tempo, era já tão famoso que ninguém se importava com o seu defeito físico. Ele próprio chegou a não se importar também com isso. Porque, mesmo que houvesse muitas coisas que não podia fazer, não era, de maneira nenhuma, uma pessoa inútil. Chegou a ser um dos habitantes mais admirados de todo o seu planeta.
E quando nasceu o seu primeiro filho, toda a gente reconheceu que era muito bonito. Além disso, era como as outras crianças: só tinha um olho.»
O menino que tinha dois olhos
Os direitos da criança
J. L. Garcia Sanchez;
M. A. Pacheco; pp. 33
Edições Despertar; 1979
Prometo visitar-vos em breve, desculpem a ausência...
Nota (10/04/2007) - Não tenho actualizado os filmes da coluna lateral porque nunca mais vi nenhum que valesse a pena pôr aqui.
Beijinhos a todos - Visitas actualizadas!
Mil beijinhos!
Foi um ano lectivo muito difícil. Tenho dois cabelos brancos que foram trazidos de lá...
Eu não abria a boca.
11 de Maio de 2002
Sábado
Casei com o B., finalmente!! Depois conto-vos mais sobre este dia...
25 de Maio de 2002
Sábado
Eu nem acredito que não fui de Lua de Mel...
Tenho passado os dias inteiros sozinha a curtir a licença de casamento. O B. chega por volta das 21 horas, come, vê o episódio da Darma que eu lhe gravei, quanto muito vê o Masterplan e depois quer ir para a cama onde eu vejo sozinha a telenovela “O Clone”.
Já completei 10 dias de licença de casamento, o tempo passou e nada de emocionante e romântico aconteceu. Bom, a não ser os dois ou três jantares mais aconchegantes que eu preparei, depois cansei-me... Cheguei a pôr pétalas na mesa e a servir espumante...
Bom, no meio disto tudo o B. ainda foi jogar futebol de salão com os colegas de trabalho (pela 1ª vez) na quarta-feira passada. Se não fosse eu convidar a R. a vir para jantar comigo, era mais um dia que eu ficava sozinha.
«Gosto muito da minha neta
Desde pequenina
Continuo a gostar porque ela
É mesmo traquina
Gosto muito da Fénix
Muito, muito sem fim
E sempre hei-de gostar
Porque ela também gosta de mim
Queria escrever-te mais um verso
Mas não sei o que hei-de pôr
O que mais te posso dizer
É que te tenho muito amor.»
M. C.
(Tinha nesta altura 76 anos)
Em relação ao comentário da Noquinhas no último post, deixei-lhe o seguinte comentário no blog:
«Olá... Vim dar-te uma palavrinha...Lembrar o passado faz-me viver o presente mais intensamente, dar mais valor ao que tenho e purgar muitas das coisas que até hoje me estão atravessadas... Por mais que tente ultrapassar, tenho muitas mágoas e pensei que talvez assim as conseguisse aliviar um pouco mais.Quem sabe alguém não me ajuda?
Beijocas e volta sempre...
Nota - Sei que há pelo menos uma pessoa que me visita que está a aprender com o que tenho escrito, a ultrapassar muitos dos seus problemas... (pelo menos penso que sim) só por isso já valeu a pena, não é? »
Nota - Desculpem a ausência... vou tentar recuperar o tempo perdido.
7 de Março de1996
Quinta-feira
Combinei encontrar-me com o T. na escola dos miúdos às 11:30h, eu procurei na parte da escola em que ele não estava e ele vice versa. Encontrámo-nos num corredor já com expressões de desespero. Trocámos ideias sobre como leccionar a aula sobre a reprodução.
Como não sabíamos se a nossa escola tinha painéis sobre este conteúdo, e não encontrámos no sítio onde deviam estar na escola dos miúdos, resolvemos perguntar ao contínuo.
Resposta: “Mas há lá na sala de arrumações de ciências, não viram? Têm lá o espanta pardais!” (???).
É claro que não percebemos o que é que ele nos queria dizer, será que ele se referia ao esqueleto a três dimensões? Bem, de qualquer maneira não sei onde é que ele viu o aparelho reprodutor num esqueleto… Depois desta resposta inteligente, mandou-nos falar com outra auxiliar da educação.
“Hã?” – respondeu ela. Depois, m-u-i-t-o d-e-v-a-g-a-r-i-n-h-o l-e-v-a-n-t-o-u—s-e e dirigiu-se à sala de ciências da natureza, onde encontrámos tudo menos o que queríamos. Até vimos um painel que representava o ciclo de vida de uma amêijoa.
Como já era tarde resolvemos almoçar primeiro numa Hamburgaria. Estávamos a discutir a função da próstata, quando reparámos que havia muita gente a olhar para nós. Resolvemos comer primeiro.
Posteriormente fomos à Biblioteca Municipal e vimos três filmes (em fast forward) sobre a reprodução. Estavam umas empregadas atrás de nós que, em vez de se “tocarem” e falarem mais baixo, não, falavam cada vez mais alto. Como nós não conseguíamos ouvir, pusemos o som mais alto, consequentemente, elas falaram mais alto. Apenas se calaram uns segundos quando ouviram a seguinte frase sair da televisão: “dá-se a intumescência do órgão”…
Seguidamente fomos à secção dos materiais didácticos para professores, perguntámos à empregada o que havia sobre o aparelho reprodutor e ela foi buscar a caixa dos “bonecos a três dimensões”. É claro que ficámos com uma enorme vontade de rir, mas apenas mostrámos cara de parvos (mistura entre rir e espanto). Afinal, o que ela andava à procura era a caixa dos slides (que tinham sido requisitados).
Como ainda não tínhamos o bendito painel, acabámos por ir à universidade. Encontrámos um bom painel. Então ele ingenuamente perguntou: “Este está bom para ti?” (Este painel e não este tamanho de órgão reprodutor). Quando eu ia a responder ouviram-se as gargalhadas estridentes da São (responsável pelos laboratórios e pela requisição de material didáctico). Começámos todos a rir.
Estávamos muito carregados: fotocópias, livros, grelhas… E agora mais o painel entrámos na fase do “quem é que pega nisto?”. A São continuava a rir-se que nem uma desalmada.
Estou curiosa para saber como lhe vai correr a aula, a minha deverá ser mais ou menos a mesma coisa uma vez que as planificações são iguais. Será que os miúdos vão gozar muito? Ele ainda me perguntou se eu queria ir assistir à aula dele amanhã de manhã, mas não estou para me levantar cedo, aliás porque na Sexta-feira á noite quero estar fresquinha para o meu amor.
Foi engraçado trabalhar com ele, ainda por cima sobre este tema, fartámo-nos de rir.
Com isto tudo, fiquei farta de ver pénis em slides, imagens de televisão, figuras de livros, painéis, etc. Pelo menos tão depressa não me esqueço das funções de cada órgão que constitui o aparelho reprodutor masculino.
7 de Dezembro de 1993
Terça-feira
Amanhã é feriado.
Hoje fui almoçar fora, também mereço, afinal também pago impostos.
O estúpido do empregado de mesa era muito branco, tinha muita brilhantina e aparecia-me à frente de repente, como se se materializasse. Assustei-me pelo menos umas duas vezes. De uma delas ia deixando cair a travessa ao chão, da outra vez, com o susto, bati com o garfo e com a faca no prato. Parecia um concerto!
Tive hoje pela primeira vez Movimento e Drama. Nesta disciplina o objectivo principal é fazermos figura de parvos. Hoje, gritámos, batemos com as mãos nas paredes, rebolamos no chão, enfim…
9 de Dezembro de 1993
Quinta-feira
Ontem estudei o dia todo. Hoje tive uma frequência de matemática. Até agora só tive 2h de aulas desta disciplina e nem sequer foram de revisões.
Felizmente correu-me bem, tenho mais de metade certo. Não levei cábulas, embora todos o tivessem feito. Quando faltou a luz durante quase cinco minutos foi uma barulheira insuportável. Comi uma tosta mista e bebi um galão ao almoço. Reparei como as empregadas apenas lavavam as mãos para mexer no dinheiro. Afinal, é aborrecido pegar nas moedas e nas notas com os dedos cheios de migalhas.
Durante a hora teórica vimos slides. Na hora prática fizemos aquecimento ao som de música de discoteca e depois dançamos folclore. Foi preciso entrar na universidade para dançar folclore!
Jantei em casa. Estudei Geometria para a frequência de amanhã até à meia noite. Estou completamente K.O. Nunca mais vi as minhas meias.
Eu realmente, quando olho para trás... não sei como consegui acabar o curso e muito menos acabá-lo em 4 anos... (não sou nenhuma heroína mas que custou, CUSTOU!)
Uma pessoa que passou por tanto em casa, não poderia ter ido parar à casa de uma família normal para poder tirar o curso com calma (apesar da pressa)?
Lembro-me de ter «falado» ao meu pai da hípótese de mudar de casa ao que ele respondeu qualquer coisa como: «Pois tu queres é andar à vontade, sem ninguém te controlar... nem penses!»
Consegui no entanto mudar de casa no ano lectivo seguinte (se não me engano), quando os gemidos nocturnos do Alexandre e da namorada se começaram a fazer ouvir...
Acabámos por casar e ser pais, mas não nestas datas...
e de: