09/02/2007

Dezembro de 1991

29 de Dezembro de 1991
Domingo

Comecei a namorar com o B. no dia 24 de Setembro. Ele é incrivelmente carinhoso, nunca conheci ninguém assim… Basta que ele me faça “aquele” olhar e eu, além de me derreter toda, percebo o que sente por mim.
É um rapaz assim que eu tenho vindo a pedir ao Pai Natal há alguns anos… Este Natal para mim não foi o dia 25 de Dezembro mas o dia 24 de Outubro.
No outro dia quando fizemos dois meses de namoro, ele perguntou-me muito sério:
- Por que não te conheci mais cedo? Perdi dezassete anos e meio da minha vida. Onde é que andaste que eu não te vi?
Isto dito no meio de um abraço apertado, fazia derreter até um diamante!
É verdade, e a minha mãe já sabe do namoro. No outro dia esteve a repreender-me por eu lhe ter oferecido um urso de peluche e não um fio ou uma medalha.
A família dele ainda não sabe que ele namora, a mãe depois de ver a prenda apenas disse:
- Tem bom gosto.
A S. e o L. vão fazer em Abril um ano de namoro. Como será quando eu e o B. também fizermos? A vida é engraçada, quando as aulas começaram em Setembro, olhei para o B. e pensei: “Aí está um rapaz interessante, é um assim que precisas para te fazer feliz”, mal eu sabia que mais ou menos um mês depois ia estar a namorar com ele. Foi tiro e queda! Como eu costumava dizer: “O Cupido em vez de me acertar com uma seta, acertou-me com um machado.” Encontrei finalmente a minha felicidade, cheguei ao paraíso.
O postal que lhe ofereci no Natal descreve perfeitamente como me sinto:
“Se eu tivesse de te contar a história da minha vida, resumia-a às coisas mais importantes que me aconteceram: a primeira coisa foi ter nascido, e a outra, ainda mais importante, foi ter-te conhecido(…). Se eu precisasse de escrever tudo o que sinto por ti, um milhão de folhas não chegavam para te dizer um décimo!”
Já não consigo passar um fim de semana sem estar constantemente a pensar nele e, como ele próprio diz, isto é um vício, é como se fosse uma droga que quanto mais tomamos, mais queremos tomar. O B. já me confessou que sente a mesma coisa em relação a mim e está sempre a dizer: “Nunca mais começam as aulas…” A verdade é que temos mais liberdade na época escolar. Amanhã ele vai lá à loja, eu disse-lhe para ele ir mais tarde por volta das 10 horas e não das 9:15 h por causa do meu pai. Ele respondeu-me:
“Só se eu conseguir…”
Já sei que o mais provável é eu não poder sair da loja para estar com ele. Há muito tempo que não estamos uma hora só nós dois…
Se as saudades pagassem imposto, eu estava toda carimbada!

3 comentários:

María disse...

Obrigado pela visita!Espero que tenhas um bom renascimento!! Voltarei cá para continuar a ler a tua história de amor...bjnhos

Gio disse...

Já te linkei... ja fazes parte das minhas visitas diarias... a partir de segunda feira ja vou começar a ler tudinho desde o inicio... para ja beijinhos e tem um bom fim de semana

Anónimo disse...

Não me lembro muito dessa altura pois era mt novo, mas posso diser-te que o B., era de todos os amigos que tinhas, de longe o mais paciente e simpático comigo. Mesmo quando me punha a contar elefantes... "Se 1 elefante incomoda mt gente, 2 elefantes incomodam mt mais... etc etc." Desculpa qualque coisa... Desculpas?